Sessão especial discutirá culto à ancestralidade na Assembléia Legislativa

 

“Berço da nacionalidade brasileira, a Bahia preserva as raízes de matriz africana através da cultura ancestral. O culto se perpetua graças a resistência e persistência de homens e mulheres que mantiveram sua religiosidade, apesar de todas as perseguições”. Essa é a justificativa para a realização da Sessão Especial “A cultura ancestral na identidade baiana”, que será realizada na próxima quinta-feira (02), às 14h30, no plenário da Assembléia Legislativa da Bahia.

A proposta do evento é do deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), sociólogo por formação. A sessão irá homenagear algumas personalidades com presença marcante na defesa das raízes africanas: Mestre Didi (Ilê Asipá) ; Júlio Braga de Santana  - Professor UFES/UFBA; Afoxé Filhos de Gandhy; Mãe Estela de Oxossi – Ilê Axé Opo Afonjá; Paulo César de Oxumarê (Baba PC) – Ilê Axé Oxumê; Mãe Carmem do Gatois – Terreiro do Gantois; Ilê Axé Iyá Nassô Oká (Terreiro da Casa Branca); Pai Laércio (Jauá / Angola); Ilê Agboula  - Itapacarica  - Ancestrais em memória – Hermogenes José, conhecido como Seu Coisinha, Eduardo Daniel, Antonio Daniel, Domingos dos Santos, Vivaldo Mauricio) e Ilê Tuntum.

Segundo Rosemberg, o que é titulado como tradição, além da linguagem que envolve e expressa o sagrado, valores éticos, estética, e acervo de conhecimentos, é uma corrente histórica de transmissão que é passada de geração em geração, sempre com um valor especial que pode ser chamado simplesmente de “amor a ancestralidade”. Ele explica que a tradição afro-brasileira se caracteriza pelo culto aos ancestrais.

“A Bahia é provavelmente a mais importante referência africana no mundo, mercê da incomparável influência daquelas culturas e sociedades na formação de uma identidade nacional”, salienta o parlamentar. A sessão visa homenagear milhares de pessoas que ao longo dos anos dedicaram as suas vidas para manter viva a cultura da Bahia. “Não se trata de homenagear apenas a religião, é acima de tudo, homenagear as raízes que solidificaram as características principais que mantém a magia, o sincretismo e a mística que encanta os baianos e os brasileiros”, diz Rosemberg.